Jubileu 2025: Referência do Papa à «piedade popular» mostra valor de «um grande instrumento de evangelização» – padre Paulo Pires

Portugueses rumaram até Roma para participar na celebração jubilar das Irmandades, tendo assistido à Missa de início do pontificado de Leão XIV.

Foto: Agência ECCLESIA/OC

Octávio Carmo, enviado da Agência ECCLESIA ao Vaticano

A Irmandade de Nossa Senhora da Ajuda, na Diocese de Lisboa, foi uma das centenas que participou, em Roma, na sua celebração jubilar, no Ano Santo 2025, entre sábado e domingo, uma manifestação elogiada pelo Papa Leão XIV.

“Numa altura em que se fala tanto da Igreja, da corresponsabilidade, a sinodalidade, creio que esta referência do Papa à piedade popular mostra também como, através das Confrarias, das Irmandades, a maior parte delas formadas precisamente por leigos, continua a ser um grande instrumento de evangelização e de transmissão da mensagem cristã”, afirmou o padre Paulo Pires, em declarações à Agência ECCLESIA.

O pároco de Arranhó e Santiago dos Velhos (Lisboa), elogiou as palavras de Leão XIV na Missa de início do pontificado, que fez referência ao facto de as Irmandades e Confrarias se terem deslocado de todos os continentes.

A Irmandade de Nossa Senhora da Ajuda está presente na Paróquia de Arranhó, com o Santuário de Nossa Senhora da Ajuda e, segundo o sacerdote, preparou durante “muitos meses” a participação nesta celebração jubilar, que terminou este domingo.

“Foi um ano de preparação para estarmos aqui, de algumas contrariedades, isso acontece, é normal, mas foi para nós uma grande motivação poder estarmos aqui”, referiu Sílvia Cordas, um dos elementos dos casais que integram a Irmandade, que destacou também a oportunidade de assistir à Missa de início de pontificado.

“Sendo a primeira missa do Papa Leão XIV, foi especial para nós”, reforçou Pedro Fernandes, presidente da Confraria.

O padre Paulo Pires assinala a importância destes encontros mundiais que mostram que as Irmandades e Confrarias não estão isoladas.

“Estes momentos de grandes encontros mostram, de facto, que somos uma Igreja Católica, ou seja, que este nosso sentir, que é esta forma de vivermos o Evangelho, também segundo estas expressões próprias das Irmandades, as Confrarias”, acentuou.

Na Missa de início do ministério petrino, o Papa saudou os “milhares de peregrinos vindos de todos os continentes por ocasião do Jubileu das Irmandades”.

“Caríssimos, agradeço-vos por manter vivo o grande património da piedade popular”, declarou.

O ponto alto do programa foi a procissão pelas ruas de Roma, no sábado, que congregou dezenas de milhares de pessoas.

OC/LJ