O Papa Francisco apelou à solidariedade e à esperança no XXXIII Dia Mundial do Doente, destacando o papel fundamental dos “anjos de esperança” — profissionais de saúde, familiares e cuidadores — no apoio aos que sofrem. Na sua mensagem, o Pontífice reforçou a importância da partilha, da compaixão e da dignidade no acompanhamento dos doentes, incentivando a sociedade a promover melhores condições de tratamento.

No contexto do XXXIII Dia Mundial do Doente, celebrado hoje, o Papa Francisco divulgou uma mensagem especial onde sublinha a importância da esperança e do apoio mútuo no cuidado dos que sofrem. O evento, que coincide com o Ano Jubilar, foi uma oportunidade para o Pontífice reforçar o papel essencial da compaixão na assistência aos doentes e aos seus familiares.
“A esperança não engana”
A mensagem do Papa teve como base a passagem bíblica “A esperança não engana” (Rm 5, 5). Francisco reconheceu que a doença é um momento de fragilidade e incerteza, que pode gerar dúvidas e sofrimento, tanto para o doente quanto para os seus entes queridos. No entanto, sublinhou que, mesmo nos momentos mais difíceis, a proximidade de Deus traz força e consolo.
O Papa destacou que “a doença torna-se então a oportunidade para um encontro que nos transforma”, referindo-se à possibilidade de encontrar conforto na fé e no apoio daqueles que acompanham os doentes. Ressaltou ainda que “a dor traz sempre consigo um mistério de salvação”, pois permite experimentar a presença e a compaixão de Deus.
Francisco também abordou o papel da partilha no contexto da doença: “os lugares onde se sofre são frequentemente espaços de partilha, nos quais nos enriquecemos uns aos outros”, destacando que essa partilha se manifesta de várias formas e sublinhou que é fundamental valorizar esses pequenos gestos de proximidade, pois “são raios de luz que é preciso valorizar e que, mesmo durante a escuridão das provações, não só dão força, mas dão o verdadeiro sabor da vida, no amor e na proximidade”.
Um apelo à sociedade
Na sua mensagem, o Papa Francisco reforçou que o acompanhamento dos doentes não deve ser uma responsabilidade apenas individual, mas um compromisso de toda a sociedade. Encorajou a “sincronização de toda a sociedade” na atenção aos que sofrem, promovendo melhores condições de assistência e solidariedade.
A mensagem foi acolhida por diversas instituições ligadas à saúde e à Igreja, que destacaram a relevância do discurso papal para a promoção de um cuidado mais humano e próximo dos doentes. Durante o Dia Mundial do Doente, várias dioceses e hospitais organizaram celebrações e encontros para refletir sobre os desafios do sofrimento e o papel da compaixão na assistência aos enfermos.
A bênção final
No encerramento da sua mensagem, o Papa confiou os doentes e os seus cuidadores à intercessão de Maria, Saúde dos Enfermos, e pediu que todos se lembrassem de rezar por ele. A sua benção final procurou reforçar a esperança e a união entre aqueles que enfrentam momentos difíceis devido à doença.
O Dia Mundial do Doente, criado por São João Paulo II em 1992, continua a ser uma data importante para sensibilizar a sociedade sobre as questões de saúde e para reforçar o compromisso da Igreja no acompanhamento aos que sofrem.


