Bispo francês das Forças Armadas destacou papel dos cristãos como instrumentos de amor divino e portadores de paz no final do encontro que juntou 17 mil pessoas.

Um grupo de 150 militares participou na peregrinação internacional ao Santuário de Lourdes, em França, durante “três dias de intensa espiritualidade e fraternidade” entre militares de aproximadamente 40 nações.
“Para as Forças Armadas e Forças de Segurança Portuguesas, esta peregrinação representa uma oportunidade para fortalecer o espírito de missão e o compromisso com valores humanitários, lembrando que, além da sua dimensão operacional, os militares são chamados a ser um sinal de esperança no mundo. Portugal reafirmou mais uma vez o seu lugar neste encontro único, onde a fé e o serviço às nações se entrelaçam em profunda harmonia”, pode ler-se numa nota publicada na página do Ordinariato Castrense.
A informação dá conta de uma delegação portuguesa que incluiu D. Sérgio Dinis, bispo das Forças Armadas e de Segurança, “oito capelães militares” e “150 peregrinos portugueses – incluindo membros da Marinha, Exército, Força Aérea e Guarda Nacional Republicana, assim como seus familiares”.
“Um dos destaques foi a apresentação do Grupo Dixieland da Marinha Portuguesa, que animou os peregrinos com seu repertório musical, levando ‘o som de Portugal’ a ecoar em Lourdes”, indica o comunicado.
O tema «Militares, Peregrinos da Esperança» conduziu a 65.ª Peregrinação Militar Internacional (PMI) a Lourdes, que congregou no Santuário mariano 17.000 participantes.
“O ponto alto ocorreu no sábado à noite, quando mais de 20.000 pessoas participaram na Procissão das Velas, iluminando o Santuário de Nossa Senhora de Lourdes com luz e oração. O Rosário foi recitado em várias línguas, simbolizando a universalidade da fé católica”, indica a nota.
Na celebração da eucaristia, no domingo, presidida pelo bispo das Forças Armadas francesas, D. Antoine de Romanet, o responsável “destacou o papel dos cristãos como instrumentos do Amor divino, portadores de paz e alento num mundo marcado pela instabilidade”.
A participação portuguesa ficou ainda marcada pela escolta feita pelos cadetes da Escola Naval, que acompanharam o “Estandarte Nacional durante as cerimónias”.
A PMI teve início em 1958 procurando desenvolver “gestos de reconciliação pós-Segunda Guerra Mundial”.
“Com origens no pós-guerra, quando militares de diferentes nacionalidades se reuniram em Lourdes para rezar pela paz e reconciliação entre os povos, a PMI tornou-se um evento anual que transcende fronteiras, unindo soldados na fé e no serviço”, informa.
LS


