Leão XIV apela a cessar-fogo e libertação dos reféns.

O Papa denunciou hoje, no Vaticano, a morte de crianças e a fome da população na Faixa de Gaza, apelando a um cessar-fogo e à libertação dos reféns.
“Da Faixa de Gaza, sobe ao céu com cada vez mais intensidade o choro das mães e dos pais que seguram junto de si os corpos sem vida dos seus filhos e que são constantemente obrigadas a deslocar-se, em busca de algum alimento e de um abrigo mais seguro contra os bombardeamentos”, referiu Leão XIV, no final da audiência pública semanal, que decorreu na Praça de São Pedro.
“Aos responsáveis, renovo o meu apelo: que cesse o fogo, libertem todos os reféns, respeitem integralmente o direito humanitário”, acrescentou.
O Papa encerrou a intervenção com uma oração a “Maria, rainha da paz”, sob uma salva de palmas da multidão.
Israel começou a permitir a entrada de ajuda humanitária em Gaza na última semana, depois de ter bloqueado a entrada de alimentos, medicamentos, combustível e outros bens desde o início de março.
A ONU diz que a ajuda permitida é insuficiente para as necessidades da população do enclave palestino.
O conflito foi desencadeado por um ataque do Hamas contra populações israelitas, a 7 de outubro de 2023.
A resposta militar de Israel provocou dezenas de milhares de mortes, uma crise humana na região e elevados danos materiais, tendo como objetivo assumir o controlo de toda a área de Gaza.
A 21 de maio, Leão XIV tinha apelado ao fim do conflito na Faixa de Gaza e à entrada da ajuda humanitária, falando numa situação “preocupante”.
Na primeira audiência geral do pontificado, o Papa convidou israelitas e palestinos a “pôr fim às hostilidades”, alertando para um “preço devastador pago pelas crianças, pelos idosos, pelas pessoas doentes”.
OC


