Vaticano: Papa pede oração e penitência pela paz

Mensagem no final da audiência geral uniu-se a intervenção no Festival de Sanremo.

Foto: Vatican Media

O Papa apelou hoje, no Vaticano, à oração e penitência pela paz, falando no final da audiência pública semanal.

“Não se esqueçam que a guerra é sempre uma derrota. Não nascemos para matar, mas para fazer crescer os povos, para estarmos num caminho de paz. Por favor, nas suas orações diárias, peça a paz”, disse Francisco, que tinha confiado a leitura da sua tradicional reflexão a um colaborador da Cúria Romana, devido à bronquite que o afeta.

O Papa evocou os “tantos países que estão em guerra”, como a Ucrânia, Palestina, Israel, Myanmar, República Democrática do Congo ou Sudão do Sul.

“Irmãs e irmãos, rezemos pela paz. Façamos o nosso melhor pela paz”, pediu.

“Por favor, rezemos pela paz, façamos penitência pela paz”, insistiu.

Tal como na passada quarta-feira, o Papa deixou a leitura do texto preparado aos cuidados do padre Pierluigi Giroli, funcionário da Secretaria de Estado.

“Com a minha bronquite, ainda não posso. Espero que, da próxima vez, possa”, justificou.

Já na noite de terça-feira, Francisco surgiu com uma mensagem, em vídeo, no Teatro Ariston, que acolhe a 75ª edição do Festival de Sanremo, sublinhando que “a música pode ajudar à convivência dos povos”.

A intervenção, uma surpresa para os presentes, deixou um pensamento para as crianças “choram e sofrem com as muitas injustiças do mundo”.

O Papa assumiu o desejo de “ver aqueles que se odiaram apertarem as mãos, abraçarem-se e dizerem com a vida, a música e o canto: a paz é possível”.

A primeira noite da 75ª edição do festival de música italiana contou com uma atuação da cantora israelita Noa e da cantora palestina Mira Awad, convidadas a fazer um dueto em hebraico, árabe e inglês da música ‘Imagine’, de John Lennon.

O primeiro pontífice a discursar em Sanremo recordou que a sua mãe, na Argentina, costumava explicar-lhe algumas peças de ópera, dando a conhecer “o sentido da harmonia e as mensagens que a música pode transmitir”.

A mensagem recordou as muitas crianças que “não sabem cantar a vida”, devido à violência.

“As guerras destroem as crianças. Nunca esqueçamos que a guerra é sempre uma derrota”, insistiu.

OC